Características literárias das tendências contemporâneas da literatura brasileira


A idéia da literatura como representação da violência assume grandes proporções, especialmente a partir dos anos de 1960 do século xx, com o período da ditadura militar e a entrada do país no circuito do capitalismo avançado.
A repressão ás liberdades civis e as conseqüências da industrialização constituem temas que se destacam na prosa e na poesia da época, com perspectivas e estilos diferentes.
Na década de 1980, após a abertura política, a insistência em representar essas questões na ficção alia-se a dois outros problemas centrais para a compreensão da produção literária contemporânea: a dependência da produção cultural ao mercado e a influencia da procura de massa na literatura.


1- A tendência da literatura de apelo, produzida pra o leitor-massa.

Neste caso, o autor se refere a literatura-mercadoria com possibilidade de se tornar best-seller. Esse tipo de literatura atende a necessidade de emoções fortes dos leitores e buscam uma representação imediata da realidade, utilizando procedimentos de efeito próprios da industria cultural. Esses mesmo procedimentos se enraizaram na literatura culta, em suas tendências puramente com conteudísticas, orientada para públicos específicos (literatura homossexual, literatura de adolescentes, de minorias étnicas etc).


2- A tendência da literatura em que tudo é convenção literária.

Trata-se do artificialismo pós-moderno, realizado através da mistura estilos clichês do passado: paródia, colagem, citações, alusões.
A partir dessas reflexões de ordem genérica sobre nossa produção literária contemporânea, vamos estudar algumas de suas tendências e movimentos mais expressivos – em poesia, em prosa e no teatro – na segunda metade do século XX e inicio do XXI