domingo, 12 de setembro de 2010

Concretismo




Concretismo foi um movimento vanguardista surgido em 1950, inicialmente na música e depois na poesia e nas artes plásticas. Defendia a racionalidade e rejeitava o Expressionismo, o acaso, a abstração lírica e aleatória. Nas obras surgidas no movimento, não há intimismo nem preocupação com o tema, seu intuito era acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.
Sua máxima expressão mundial é o grupo concretista de São Paulo, fundador da Revista "Noigandres", na década de 1950, liderado pelos irmãos Campos (Augusto de Campos e Haroldo de Campos), Décio Pignatari e José Lino Grunewaldt.
A partir da década de 1960, poetas e músicos do movimento passaram a se envolver em temas sociais, surgindo várias tendências pós ou neo-concretistas, entre eles Ferreira Gullar, o poema-práxis e Paulo Leminski. Uma das características do Concrestismo é a pesquisa formal, some-se ao engajamento político, já o Poema-Processo de Wladimir Dias Pino, da mesma época, constitui outra variante do Concretismo, levando ao extremo a criação de estruturas e formas visuais.



Da década de 1980 à atualidade.

Alguns poetas, que iniciaram sua produção nos anos 1960 e 1970, atingem a maturidade nas décadas seguintes, numa ampla variação de registros que inclui a influência da poesia clássica, da poesia modernista de 22 ou das novas vanguardas da década de 1950: Hilda Hilst (SP), Adélia Prado (MG), Adriano Espínola (CE), entre outros.
É grande também o número dos poetas novos de boa qualidade e, alguns, de grande originalidade. Citando apenas alguns dos mais conhecidos: Ana Cristina César (RJ), Antônio Cícero (RJ), Antônio Fernando Franceschi (SP), Arnaldo Antunes (SP), entre outros.



Pós Concretismo.

Como mostram os poemas (abaixo), depois do Concretismo os jogos Paronomáticos de combinação de palavras (que apresentam semelhanças sonoras e mórficas) representam uma tendência constante na poesia brasileira contemporânea.

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